Batom no Espelho

Tudo é tão abstrato quando se fala de amar

Principalmente se for esse nosso amor

Tão estranho, querer te desbravar

E deparar-me com teu rancor

Contém no fim de tarde do seu coração

Na garoa dourada da tua nostalgia

A dor de uma negra solidão

E o desejo de possuir-me um dia

Não ouço os sinos, não vejo pássaros

Nem sadios, nem mortos, nem feridos

Somente duas crianças assustadas

Com o amor em suas almas...

A marca de seus lábios, batom no espelho

E do teu intenso amor, ferida no coração

Pra ti, uma mistura de coragem e medo

Pra mim, uma certeza sem ação!

Existem horas em que um “eu te amo” bastaria...

Sigo, no vazio da solidão!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 26/01/2010
Código do texto: T2052893
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