ESTAÇÃO SOLIDÃO

por Regilene Rodrigues Neves

Quis roubar a poesia vista lá fora pela minha alma

Em cada verso respirar a presença de Deus

Sentir essências que evaporam no ar

No perfume emanado das primaveras...

Andar pelo outono

Amadurando junto com as folhas

Que caem do tempo

Sem perder a beleza

Que deixa para trás sua juventude...

O calor do verão aquece meu peito de emoções

Sinto fantasias dentro de mim

Enquanto desejos se espalham no meu corpo

A lua me devora e a noite me convida para amar...

Mas chega o inverno rude

Maltratando minha ode

Sepultando meus versos ao relento...

Estrofes de solidão cheias de vazio

Molham o papel sem nenhuma inspiração

O coração pulsa solitário

Jaz o amor - enquanto a alma procura

Desesperadamente uma poesia lá fora...

Sinto as estações

Chegaram e partiram

Ouvindo poesias na natureza

Um poema me consola na face do universo

Preenche o papel em branco

Da poesia roubada lá fora...

Em 25 de janeiro de 2010