Silencio...

Silencio...

Torna-se mudo o meu coração,

e neste momento de pesar

a minh’alma vagueia ao ocaso

em que o meu corpo perece

no álveo rígido que me assenta.

Sinto que o tempo me falta,

que se isola sobre mim,

que o medo me domina

e a noite cega-me os sentidos.

Meus olhos não mais vêem

a manhã clara dos dias,

isolando-me na profundeza vã

dos meus mitos, da causa finita

e das idolatrias que me renova.

Que me pudera nos meus altos,

na minha adoração e no poder

que me tens no mundo, a vida,

no grito do meu amor, renovação.

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 24/01/2010
Código do texto: T2048612
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