Silencio...
Silencio...
Torna-se mudo o meu coração,
e neste momento de pesar
a minh’alma vagueia ao ocaso
em que o meu corpo perece
no álveo rígido que me assenta.
Sinto que o tempo me falta,
que se isola sobre mim,
que o medo me domina
e a noite cega-me os sentidos.
Meus olhos não mais vêem
a manhã clara dos dias,
isolando-me na profundeza vã
dos meus mitos, da causa finita
e das idolatrias que me renova.
Que me pudera nos meus altos,
na minha adoração e no poder
que me tens no mundo, a vida,
no grito do meu amor, renovação.
(Poeta- Dolandmay)