MEU EXILO.
Vento brando que zoa nos pinheirais,
Atormenta a minha alma nessa noite fria,
Leva-me por roga meus lamentos meus ais,
Encha meu coração de sonhos e de vida.
Espalhe pelo mundo esse meu canto,
Que aprisionado em mim está,
Seque de meus olhos esse pranto,
Que faz minha alma soluçar.
Suplico-lhe por amor e agonia,
Que de minha carne tire a alma,
Crível que vivi um dia,
E olvidado foi a minha calma.
Em soluço te rogo por minha alma,
Vento brando que zoa nos pinheirais,
Devolva-me a vida e a calma,
Leve até minha amasia meus lamentos meus ais!