SUSSURRANDO AO VENTO
Era o vento na janela.
Era o vento.
O vento erguia a saia dela.
Brincava.
E judiava.
O vento quando chegava...
Vinha trazendo um recado...
... um recado do seu amado.
Dizendo porque partira.
Porque se despedira.
Vento, cala. – ela pedia.
E o vento a ignorava.
Mas também a surpreendia.
Tinha dias que ele chegava com algo novo.
Dizendo.
- Ele não te esqueceu.
E ela respondia ao vento num sussurro.
Nem eu... nem eu.