Em uma manhã de inverno
No silêncio da manhã,
Os gritos do meu pensamento me assustam...
Levanto-me.Sento e deito-me novamente...
E o silêncio já não é silêncio: é dor!
Tento, em vão, tirar de dentro do meu peito,
Este fogo que me consome.
Comparo-o ao infernal,que,dizem os teólogos,
Arde eternamente sem nunca se consumir...
Levanto-me. Sento. Deito-me novamente...
E o silêncio da manhã se confunde com o ar fresco da janela,
Que me gela as faces,
Molhadas de lágrimas