Porque nada volta
Nada do que fiz foi o bastante.
Nada do que sonhei, de fato aconteceu.
A vida seguiu, revelou-me o caminho,
um mapa imaginário de um velho pergaminho
onde estava escrito que o destino era o meu.
E levado por tantos planos, tracei outras metas.
Na estrada cheia de curvas, eu vi longas retas.
E durante a jornada descobri que a certeza
é envolta por uma seda, chamada delicadeza,
que guarda cuidadosamente o que se perdeu...
Então, essa sensação do vazio
incomoda nas noites e dias mais solitários,
quando a vida parece estancar...
A existência parece um tênue fio,
que tece momentos imaginários
que nunca, nunca mais vão voltar...