Minha poesia finita!!!
Herdei dos paraísos o dom de versar
De me colocar exclusivamente
Onde minha alma consegue alcançar
De me calar quando a voz
já não é sentida,
já não é ouvida.
finitamente.
Trouxe comigo um amor tão puro
Tão pequeno em sua ambição
Que quase parece um perjúrio.
Embebedei-me dos meus encantos
Dos meus devaneios e das minhas cicatrizes
Como aquela pessoa que busca a felicidade
Por seus desejos tão sonhados.
Entendi que não devo cultivar
O coração, a alma e o íntimo
Apenas um meio em meio a tantos fins.
Finitamente,
Desvendei que não sou maior
do que minha poesia.
Ela ficará depois de mim,
permanecerá depois da minha partida
Pois sou finita na estrutura do meu EU!
BHZ, 15 DE JANEIRO DE 2010.