Minha poesia finita!!!

Herdei dos paraísos o dom de versar

De me colocar exclusivamente

Onde minha alma consegue alcançar

De me calar quando a voz

já não é sentida,

já não é ouvida.

finitamente.

Trouxe comigo um amor tão puro

Tão pequeno em sua ambição

Que quase parece um perjúrio.

Embebedei-me dos meus encantos

Dos meus devaneios e das minhas cicatrizes

Como aquela pessoa que busca a felicidade

Por seus desejos tão sonhados.

Entendi que não devo cultivar

O coração, a alma e o íntimo

Apenas um meio em meio a tantos fins.

Finitamente,

Desvendei que não sou maior

do que minha poesia.

Ela ficará depois de mim,

permanecerá depois da minha partida

Pois sou finita na estrutura do meu EU!

BHZ, 15 DE JANEIRO DE 2010.

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 15/01/2010
Reeditado em 15/01/2010
Código do texto: T2031975
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