O Retorno!
Vida maldita
Alma amaldiçoada
Sangue podre corre nas veias
Do corpo gélido largado,
A noite vem a carcaça abraçar
E com seu manto o vem agasalhar.
Os pedidos dos aflitos é o que o alimenta
O espírito clama por paz.
Mas não a paz comum
Deseja a paz negra, obscura.
Anseia o descanso eterno
Em meio a escuridão.
Seus desejos são cruéis e pesados,
Ele passa por cima dos fracos
Sem se importar.
Nas trevas é a sua moradia
E a tempos não volta para casa.
Na sepultura a cama está pronta
Aguardando seu senhor chegar,
Para que nela possa descansar.
A mesa está preparada
Para o tão aguardado retorno
Ela é forrada por pele humana,
Nas cadeiras, crânios como adorno.
No centro, o prato principal ainda pulsa
Um coração pequeno e fresco de uma criança
O sangue está na negra taça dos pesadelos.
Ceiará sozinho, desfrutando essa sua herança
De matar sem arrependimento
De se alimentar sem sentir culpa.
Tudo ele pode, tudo ele quer,
Não interessa se é criança, homem ou mulher.
Pois é o Dono da noite,
Do sofrimento e da dor.
Não se importa com nada
Não tem nenhum temor.
Agora vai dormir o sono eterno
A sepultura se fecha, em meio as trevas
Vai repousar por mais um milênio,
Onde uma nova Era o espera!
(Por Charisthy)