ALMA VAZIA

Minha vida está vazia, tal qual essa rua.

Onde flores lindas permeiam por entre os canteiros.

Mas não sinto alegria, não vejo mais beleza.

Vago pela rua à fora, desolada, abatida.

Comigo caminha minha solidão por companhia.

Fazendo com que as sombras sejam menos

assustadoras do que o real.

A luz que vislumbro por entre as folhas bailam

incessantes, como a invejo!

Queria poder ser livre assim, dançar, dançar, pegar

minha alegria de volta, e voltar a ser eu novamente!

Mas ela se perdeu, não sei se na escuridão que me cerca,

ou se foi seguindo seu rastro por ai à fora.

Depois de você, nada mais me restou, a não ser minh’ alma vazia.

SP/01/2010*