SOLITUDE

Estás a tanto tempo comigo,

Que minha inimiga não mais és;

Tampouco amiga.

Já te fizeste parte de mim.

Agora não vivo mais contigo,

Senão, vivo-te.

Porquanto, desde menino tenho-te como companheira,

E agora sou moço,

Rapaz, un tanto mais maduro.

Tenho aprendido muitíssimas cousas,

De entre as que,

Me resignar com tua presença.

Tenho dormido contigo no mesmo leito,

No mesmo tálamo.

Hei andado contigo a lado e lado, mãos dadas.

Tenho-te há tanto tempo,

Que já me confundo contigo.

Não sou teu amigo, nem imigo,

Sou já teu ego...

...

Sim, sou.

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 11/01/2010
Reeditado em 11/01/2010
Código do texto: T2023179
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