Das ânsias
Da ânsia vista ao olhar sentido,
tudo crido.
As portas da rua de tão abertas
se fecharam graciosas.
Eu caminho construindo estradas,
antes das revoadas demoradas da alma:
o mundo e eu, eu e o mundo.
Da ânsia vista ao olhar sentido em,
nada mais creio
porque sem asas fugi com os pés
à procura, na nudez, do seu viés
e do meu amor, o próprio amor combalido.
Ânsias estranhas e sepulcrais desejos
e se eu olho, inda não te vejo,
mas sinto abafado o teu sabor adocicado.