Riacho
À beira do riacho sentei para ver
O peixinho nadar, a água era tão clara
Que me pus a imaginar, rio de água
Tão limpa não deve chegar ao mar.
De tanta intervenção mais adiante na terra
Deve sumir, encarreirado por detrito que eu
Ajudei construir, rio que curvas faz, eu quero
É mais o seu eterno e saudável existir.
Prometi a mim mesmo que a natureza
Preservaria conchas, lagos e rios, neles
Nunca hei de bulir, faça sol ou faça
Chuva eu os respeitarei até o fim.
Levantei, peguei carona nas asas
De um beija-flor e no verde esperança
Feito uma criança deleitei de muito amor.