DIVAGANDO.
O pensamento algumas vezes voa,
E pousa sem querer numa emoção,
Num fato,num lugar,numa pessoa,
Num quadro,numa flor,numa canção.
Um quase nada,uma coisinha à-toa,
Foi motivo de nossa dissenção,
Eu supliquei:-desculpa-me,perdoa!...
-Não me quis conceder o seu perdão.
Hoje,depois de tudo haver passado,
Sinto o castigo muito exagerado
Em face à pequenez da minha falta.
E gostaria então,que ela soubesse:
Ao suplicar o homem sofre,desce...
E,perdoando,é que a mulher se exalta!...
(Autoria:Ary de Oliveira.Poeta conterrâneo,já falecido).