SOLIDÃO NOTURNA

Sou pássaro sem bando,

Perdido nos mistérios do mar,

Vôo sem rumo e sem plano,

No caminho do meu sonhar.

O mar silencia molhado,

Afogado em minha dor,

Todo silêncio é pouco,

Para um mar que perdeu a cor.

Meus olhos confundem as cores,

No azul do teu olhar,

Ouço as ondas dizendo,

Vale a pena esperar.

O mar me olha fraterno,

Um convite a conversar,

Ouço apenas minha voz,

Um monólogo em alto mar.

Sou pássaro que longe vê,

As cores do anoitecer,

De pensamenos noturnos,

Que findam com o amanhecer.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 29/12/2009
Código do texto: T2001950