SOLIDÃO NOTURNA
Sou pássaro sem bando,
Perdido nos mistérios do mar,
Vôo sem rumo e sem plano,
No caminho do meu sonhar.
O mar silencia molhado,
Afogado em minha dor,
Todo silêncio é pouco,
Para um mar que perdeu a cor.
Meus olhos confundem as cores,
No azul do teu olhar,
Ouço as ondas dizendo,
Vale a pena esperar.
O mar me olha fraterno,
Um convite a conversar,
Ouço apenas minha voz,
Um monólogo em alto mar.
Sou pássaro que longe vê,
As cores do anoitecer,
De pensamenos noturnos,
Que findam com o amanhecer.