Enraivecido

Faz tempo que não ouço

Uma palavra de carinho

Que não tenho o ombro

Singelamente sincero de um amigo

E em meio a tantos planos

De ser amado todos os dias

Nem sequer um eu te amo

Teu ser não me diria

E eu nesta louca metamorfose

Num traço de razão

Em meio à neuropsicose

Que me oferta a solidão

E toda essa dúvida

Que deveria ser dádiva

Que você não cuida

Mostra-se tão árdua

Contorce-se feito cobra

Pra fugir do meu abraço

Renega minha obra

Prendendo-me no teu embaraço

E nessas horas de má-sorte

Que marcam o reencontro com a dor

Que meu ego conhece a morte

E desconhece o que resta do amor

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 29/12/2009
Código do texto: T2001857
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