Mais um a mais
Para quem aceno nessa multidão?
São rostos tão diferentes, insensíveis à solidão.
Sou mais um cara, andando pelas ruas,
equilibrando os passos nessas calçadas,
molhadas da chuva de ontem...
Sorrio, quando olho os edifícios...
Sou pequeno demais para tantos vícios!
É essa tortura diária, roendo as unhas,
olhando o relógio, cumprindo horários,
prazos, validades, destinatários...
ninguém responde ao meu telefonema.
Acenando para multidão...
sou mais um louco... qual o problema?