Mais um a mais

Para quem aceno nessa multidão?

São rostos tão diferentes, insensíveis à solidão.

Sou mais um cara, andando pelas ruas,

equilibrando os passos nessas calçadas,

molhadas da chuva de ontem...

Sorrio, quando olho os edifícios...

Sou pequeno demais para tantos vícios!

É essa tortura diária, roendo as unhas,

olhando o relógio, cumprindo horários,

prazos, validades, destinatários...

ninguém responde ao meu telefonema.

Acenando para multidão...

sou mais um louco... qual o problema?

Paolo Gracco
Enviado por Paolo Gracco em 27/12/2009
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T1998060
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