Fim de estrada

E aí meu camarada
Ainda na pista, fazendo nada
Fingindo, andando nos cantos
Dos encantos desta vida
Te vi em uma via
Como se fosse tudo comum
Deitado na sombra da noite
Abandonado pelo tempo
Te vejo sonhando com a madrugada
No conto do nada
Buscando a garrafa
Onda nada pode ser
E ai, não deu, passei
E fui andando que nem sei
Como o tempo é dinheiro
O seu tempo se passou
E o dinheiro que acabou
E o tempo que ficou
Na estrada perdido
Tratado como um bandido
Banido, e temido pela dor
Aí meu irmão
Na contramão da vida
Na pista da dor
E a garrafa do tempo
Na madrugada que passou
Andando a estrada que acabou
luiz machado
Enviado por luiz machado em 08/12/2009
Reeditado em 10/12/2009
Código do texto: T1967578