Portal das Almas
Inquietações no fluxo do ar, nos caminhos do vento.
Vago em alma, vago em vazio, talvez nem vague...
Iludido apenas pelas percepções, engano a mim.
Brinco de construir castelos de areia,
para depois ver o mar levá-los e angustiar-me.
E o mar é tão grande, imenso é o mar...
Mas ainda assim o vento é maior,
acalma-o ou o enfurece.
Um há de ser encontro constante,
o outro parece querer dizer
que o que vale é a fuga.
Onde estará a liberdade de existir?
Cavalo selvagem, potro sem dono
ou cão feliz por ter um dono?
Dane-se, a comparação não procede.
Nada procede, pois o proceder, em si, nada é.
É apenas ilusão de ser que insiste.
Não julga porque nunca tem tempo.
É areia fina das ampulhetas ocultas.
A rosa brigou com o cravo, e o cravo se perdeu da rosa...
E nunca mais a rosa foi rosa, e o cravo foi cravo...
Inquietações, daquilo que não se constitui,
que visita sem dizer a razão de vir,
que finge ter uma face a mostrar,
mas que está sempre oculta,
escondida em algum vazio do coração...
Bate forte o coração e os pulmões estão cansados.
A flecha feriu o peito, mas a morte não quis vir.
Veio só a dor, e a dor não teve forças para matar.
Não morreu nem mesmo o sorriso da ironia,
pois mesmo que exausto ainda desafiava.
Inquietações e ansiedades.
Nem presente, nem futuros.
Quem sabe incauta consequência dos muitos passados...
Aqui se divide em crença e razão,
para concluir que a nada chega,
pois a chegada é sempre o começo de novo caminho,
trilha estreita de íngreme montanha,
a grande porta que parece cada vez menor...
Que fiquem os tolos, pois se julgam gênios,
pois se acham demasiados grandes
para andarem com os outros.
A porta estava lá, era portal, ficou mera abertura.
Atrás havia algo, o que, por quê?
Ouvia-se, mas muitos estavam surdos,
Via-se, mas outros tantos estavam cegos...
Havia alguma esperança,
mas os corações estavam mortificados...
E então a promessa.
O mar que se fez oceano, o vento que se fez furacão.
E na fúria que não se sabia bendita ou maldita,
E a porta, onde está a porta?
Oculta, perdida daqueles que se perderam.
Inquietações no fluxo do ar, nos caminhos do vento.
Vago em alma, vago em vazio, talvez nem vague...
Iludido apenas pelas percepções, engano a mim.
Brinco de construir castelos de areia,
para depois ver o mar levá-los e angustiar-me.
E o mar é tão grande, imenso é o mar...
Mas ainda assim o vento é maior,
acalma-o ou o enfurece.
Um há de ser encontro constante,
o outro parece querer dizer
que o que vale é a fuga.
Onde estará a liberdade de existir?
Cavalo selvagem, potro sem dono
ou cão feliz por ter um dono?
Dane-se, a comparação não procede.
Nada procede, pois o proceder, em si, nada é.
É apenas ilusão de ser que insiste.
Não julga porque nunca tem tempo.
É areia fina das ampulhetas ocultas.
A rosa brigou com o cravo, e o cravo se perdeu da rosa...
E nunca mais a rosa foi rosa, e o cravo foi cravo...
Inquietações, daquilo que não se constitui,
que visita sem dizer a razão de vir,
que finge ter uma face a mostrar,
mas que está sempre oculta,
escondida em algum vazio do coração...
Bate forte o coração e os pulmões estão cansados.
A flecha feriu o peito, mas a morte não quis vir.
Veio só a dor, e a dor não teve forças para matar.
Não morreu nem mesmo o sorriso da ironia,
pois mesmo que exausto ainda desafiava.
Inquietações e ansiedades.
Nem presente, nem futuros.
Quem sabe incauta consequência dos muitos passados...
Aqui se divide em crença e razão,
para concluir que a nada chega,
pois a chegada é sempre o começo de novo caminho,
trilha estreita de íngreme montanha,
a grande porta que parece cada vez menor...
Que fiquem os tolos, pois se julgam gênios,
pois se acham demasiados grandes
para andarem com os outros.
A porta estava lá, era portal, ficou mera abertura.
Atrás havia algo, o que, por quê?
Ouvia-se, mas muitos estavam surdos,
Via-se, mas outros tantos estavam cegos...
Havia alguma esperança,
mas os corações estavam mortificados...
E então a promessa.
O mar que se fez oceano, o vento que se fez furacão.
E na fúria que não se sabia bendita ou maldita,
E a porta, onde está a porta?
Oculta, perdida daqueles que se perderam.