O Solitário

Deixe-o sangra.

Deixe-o sofrer.

Deixo-o Chorar.

Logo todas as dores sofridas são esquecidas

E todas as lágrimas derramadas serão passadas.

Toda ferida causada é cicatrizada pelo tempo

O mesmo tempo que cura todas as lembranças

Jogando-as num poço perdido e tudo tem fim

Um triste e isolado fim, um poder magoado do passado.

E se sombras retornam para pesar novamente

É temporario se a luz é certa todos os dias.

Eu me faço chorar todos os dias sozinho

Com todas as maldições que crio para mim

Que são minhas, apenas minhas e puro egoismo

Como uma fera se vai e vou todas as novas noites

Desolado e solitario, frio e acabado sem mim

Com todas as lembranças daquele dia ao longe.

O passado pesado que havia me mortificado

E hoje é uma vida sem vida, alma sem alma

Eu vivo todos os dias estando lá, morto.

Distante das portas de Carvalho, aquelas portas.

Seja de salvação, seja de perdição, ambas portas

Portas a se escolher, antes de morrer mais uma vez

Antes de ser capaz de se perder outro novo dia.

Sem vida, sem escolhas eu estanquei meu sangue

Vivendo pelos outros derramados

A beira de uma falência da alma...

Markos Queiroz
Enviado por Markos Queiroz em 01/12/2009
Código do texto: T1954574
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