Escritas de solidão

Estradinha de chão charmoso,

Noite bela e enluarada,

Vaga-lumes como guardiões do meu sonhar de quimeras de amor,

A moldura de algo imaginado e não vivido,

Estou a pensar e querer,

Se quero sei que gosto, se não...

As lembranças infantis de tudo isso, coisa de criança tola;

Agora adulto e abestado aprendi a sofrer (que descoberta idiota)

Os vaga-lumes se tornam meu cigarro a queimar,

A estradinha um caminho tortuoso e do amor nem sinal;

Onde estão meus sonhos doces?

Foram-se com as utopias parvas e sem fundamento, sem futuro...

Adulto, entristecido, desarmado e sem forças vivo de desamor...

E cá está o poeta, que me restará?

Transformar sofrer em palavras, escritas de solidão!

Wagner dos Ais
Enviado por Wagner dos Ais em 29/11/2009
Código do texto: T1950920
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