Escritas de solidão
Estradinha de chão charmoso,
Noite bela e enluarada,
Vaga-lumes como guardiões do meu sonhar de quimeras de amor,
A moldura de algo imaginado e não vivido,
Estou a pensar e querer,
Se quero sei que gosto, se não...
As lembranças infantis de tudo isso, coisa de criança tola;
Agora adulto e abestado aprendi a sofrer (que descoberta idiota)
Os vaga-lumes se tornam meu cigarro a queimar,
A estradinha um caminho tortuoso e do amor nem sinal;
Onde estão meus sonhos doces?
Foram-se com as utopias parvas e sem fundamento, sem futuro...
Adulto, entristecido, desarmado e sem forças vivo de desamor...
E cá está o poeta, que me restará?
Transformar sofrer em palavras, escritas de solidão!