Já não sei...

Perambulando entre edifícios de gélido concreto,

Lamentos verticais!

Olhando prum alto tenebroso e sem esperança,

Cheio de pombos adoecidos de tédio,

Sentindo o frigido do desconsolo,

Soluçando entre prantos de abandono,

Ali estou, só, tristonho, desamparado,

Nada me é consorte,

Sempre andando rumo a um ignorado destino,

E aquela vontade que jaz nem lembrança deixa,

As dores, o sofrer causticante de existir,

A cidade tão cheia e vazia,

Os olhares divagantes de seres inanimados,

Sempre a olhar pra vitrines que vendem falsas belezas,

Uma beleza de aspecto tosco a meus olhos,

O desejo por objetos sem alma, sem vida,

Uma cidade fantasma e impiedosa,

Tudo mostra o quanto já não vivo,

Já não sonho,

Já não sei !!!!!

Wagner dos Ais
Enviado por Wagner dos Ais em 25/11/2009
Código do texto: T1943267
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