Vi no céu uma estrela perigosa
Que me parecia de porcelana
Fazia-se de tão brilhante airosa
Pensei ser uma estrela profana.
 
Demonstrava ter tão paixão
Pelo que podia contemplar
Olhava com vasta exatidão
Até onde podia iluminar.
 
Sentia-se tão vaidosa
Com seu brilho de esplendor
Dizia aos gritos sou formosa
Assim me fez o Criador.
 
De vaidade em vaidade
Ia derramando sua luz tão brilhante
Vivia na mais completa leviandade
Tentando ter mais valor que um diamante
 
Mas ela não sabia que a solidão
Estava preste a lhe visitar
O trovador na hora da canção
Não a queria convidar.
 
E assim seu brilho foi se apagando
Dando lugar a uma nuvem de amargura
De repente vi a estrela chorando
Acabou-se a sua formosura
 



 
 

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 24/11/2009
Reeditado em 24/11/2009
Código do texto: T1941222
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