Dia do eu
Chegou o dia.
Dia de agonia.
A paciência é zero.
Pessoas falando de si própria eu não tolero.
Chegou o dia.
Dia sem alegria.
Momento de ficar só.
O quarto somente para mim, não há nada melhor.
Chegou o dia.
Dia da melancolia.
Não quero agradar ninguém.
Meu egocentrismo vai mais além.
Chegou o dia.
Dia sem harmonia.
Não existe a perfeição da sociedade.
Não sigo regras de relações, estou na sanidade.
Chegou o dia do eu.
Estou em um instante só meu.
Meu egoísmo ultrapassa o seu.
A bandeira de ficar só se ergueu.
E então, esse dia acaba.
Em meio ao cotidiano o meu desejo se cala.
Volto a desfrutar da felicidade.
Atendo as condutas sociais, que cessam a minha capacidade.
Tudo isso por preferir ficar no comodismo e por tornar complexo o enfrentamento dos meus anseios.