Ondas de um mar imenso, minhas velas rasgadas
O que me mata são essas paredes que me sufocam
O que me faz insistir são as janelas e as portas
E todos os buracos da minha imaginação
Por onde entrar alguma luz, qualquer luz
O que me atormenta são todas essas distâncias
Essa inconstância de querer estar vivendo vida
Algo como num porto tão distante, distante...
De uma ilha desconhecida
Meus olhos que conhecem os ventos
Meus pensamentos enfunando velas rasgadas
Meu barco da vida rumando a horizontes
Tão distantes de tudo e tão perto de nada