A dor de amar, pedra...

Pedra,

Um lance grande,

Um peso enfadonho,

Não queria ser...

Pedra.

De sonhos meu vazio estava cheio,

E o peso dos pesadelos

Envolvem-me numa sombria dor,

Pelo caminho árduo de seu coração,

Cheio de pedras, inda caminho.

E a minha ignorância

De te esquecer me faz gritar.

As pedras no meu caminho

Eu tirei do seu.

Pedra,

Serei eu uma pedra;

Uma pedra no seu caminho?

Apedreja-me meu amor,

Pois amo-te intensamente,

E intensamente eu vivo a pensar e a querer-te.

Sinto se já não sou tenro,

Se já não acalento teus pés,

Se já não mais afago teus sonhos

Tornei-me pedra,

E a culpa desta infame metamorfose em mim

Que estupidamente leva-nos ao afastamento

Não é tua nem minha,

Esse meu coração, que se transforma em pedra,

A aberração é o amor.

Força para regressar não trago,

Dê-me sua,

Sou peso,

Sou pedra

Mas pedra que ama, que senti dor,

Dor;

de amar-te e não mudar isso!

Alisson Vital
Enviado por Alisson Vital em 16/11/2009
Reeditado em 16/11/2009
Código do texto: T1926620
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.