Não é de hoje que me vejo aqui sentado
Do lado de cá deste outro lado que é o mesmo lado de qualquer outra coisa
Nesse respeitoso silêncio, em companhia de tantos monstros sagrados
Que do lado de lá daquele outro lado que é o mesmo lado de qualquer poesia
Tendo a nítida impressão de que poesia pode ser qualquer outra coisa
Não é o que sei, ou o que sou, ou o que sinto, não, não é isso
Mas sim o que me faz ser, saber e sentir
Do lado de cá deste outro lado que é o mesmo lado de qualquer outra coisa
Nesse respeitoso silêncio, em companhia de tantos monstros sagrados
Que do lado de lá daquele outro lado que é o mesmo lado de qualquer poesia
Tendo a nítida impressão de que poesia pode ser qualquer outra coisa
Não é o que sei, ou o que sou, ou o que sinto, não, não é isso
Mas sim o que me faz ser, saber e sentir