Solidão

Solidão

Em nada se constitui um corpo

em lágrimas se desfaz bem mais que um pouco

Os sonhos se desconstroem

sem a rima

As palavras de tantas se embaçam

o dia de tão fúnebre se parece uma noite

Os sonhos de tão sós

se acabam

Os sons de tantos são que enlouquecem

os ouvintes de tão ausentes que são nos fenecem

Os sonhos de tão insignificantes

morrem

A fé de tão forte que é torna-se tudo que sobra

a morte se deseja e dela se foge

Os sonhos com apoio na fé

se renovam

Mas o frio tão forte é que supera um calor de 40°

o ar de tão pesado que é sufoca

Os sonhos de tão fortes que são

nos machucam

A presença de mim, comigo mesma me asfixia

mas a presença de Deus comigo mesma me alivia

Os sonhos de tantas coisas resistem que

são fortalecidos

A agonia de tão ampla rodeia mais que a tudo

a minha alma de tão franca grita em meio a esse monturo

Os meus sonhos de tão sós permanecem

mas meu coração de tão apertado imprime seu sumo

sumo esse solto pelos olhos

lágrimas de sal para despertar talvez um doce grito

Ass: Danielle Rodrigues Guimarães

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 11/11/2009
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T1918378
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