SEM NADA A SIGNIFICAR!
SOFRO
O VENTO GÉLIDO
DA SOLIDÃO
EM MEU ROSTO DESCARNADO
PELA DOR.
MEUS CABELOS ENCANECIDOS,
OPACOS E SEM BRILHO
DE UMA VIDA ORDINÁRIA
TEIMAM
EM NÃO BALANÇAR AOS VENTOS.
MINHAS MÃOS RESSEQUIDAS
PELA TERRA ÁRIDA
CURVAM-SE EM AGONIA.
MINHAS PERNAS
VERGADAS PELO PESO
DOS TEMPOS VIVIDOS
RECUSAM-SE A ME SUPORTAR.
E EU...
ME RECUSO A CONTINUAR NESSA EXISTÊNCIA,
SEM NADA A SIGNIFICAR!