Nem sei se já é primavera
pois eu estou aqui ainda,
insatisfeita... não refeita,
desde que você fechou a porta -
a nossa história dando por finda.
Levou os olhos castanhos
e tornou-se um estranho.
Estranho a dor que me queima
(seiva de magma profundo)
carregando a dor do mundo,
a dizer-me que não há volta...
...
Em minhas entranhas de terra,
eu sou uma espera em revolta!
***
Silvia Regina Costa Lima
5 de outubro de 2009