INSONE DE DOR SOLITÁRIA

DEBATO-ME NOS MEUS LENÇÓIS

POR TODA A NOITE.

MINHA AGITADA AGONIA

PARECE COMPANHIA.

SONHO SONHOS

QUE ME PERSEGUEM DE AGIR.

AJO COMO UM AUTÔMATO

PELA MADRUGADA.

O VÉU DA NOITE

RECUSA-SE A ME ABRIGAR.

NÃO TENHO ALENTO,

NEM REFÚGIO.

SÓ A MADRUGADA A TARDAR

EM TERMINAR.

SEU CICLO

DA NOITE ESCURA SOBRE MIM.

VENHO E VOU

POR ENTRE BRUMAS DE HORROR.

MINHA ANGÚSTIA

NÃO RECONHECE-ME NO TORPOR.

ME DEIXA INEBRIADO,

SEM ME RECONHECER O TALHE.

SOU ESPETRO VAGO E BAÇO

EM BUSCA DE UMA NESGA DE LUZ.

E A AURORA

ME RESGATA DESTE SOFRER,

MAS,

DE MIM

SÓ RESTA PÁLIDA SOMBRA

QUE SE RECUSA RETICENTE

DE CONTINUAR MEU QUERER...

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 07/11/2009
Código do texto: T1909711
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