INSONE DE DOR SOLITÁRIA
DEBATO-ME NOS MEUS LENÇÓIS
POR TODA A NOITE.
MINHA AGITADA AGONIA
PARECE COMPANHIA.
SONHO SONHOS
QUE ME PERSEGUEM DE AGIR.
AJO COMO UM AUTÔMATO
PELA MADRUGADA.
O VÉU DA NOITE
RECUSA-SE A ME ABRIGAR.
NÃO TENHO ALENTO,
NEM REFÚGIO.
SÓ A MADRUGADA A TARDAR
EM TERMINAR.
SEU CICLO
DA NOITE ESCURA SOBRE MIM.
VENHO E VOU
POR ENTRE BRUMAS DE HORROR.
MINHA ANGÚSTIA
NÃO RECONHECE-ME NO TORPOR.
ME DEIXA INEBRIADO,
SEM ME RECONHECER O TALHE.
SOU ESPETRO VAGO E BAÇO
EM BUSCA DE UMA NESGA DE LUZ.
E A AURORA
ME RESGATA DESTE SOFRER,
MAS,
DE MIM
SÓ RESTA PÁLIDA SOMBRA
QUE SE RECUSA RETICENTE
DE CONTINUAR MEU QUERER...