À Flor da Pele

Me vejo sozinho sem dona nem nada,

Parado no tempo e com a alma lavada,

Perdido em sonhos, sonetos e dor,

Lembrando do olhos, cabelos e cor.

Amando, a amada sem ter proteção,

Pensando em como chamar sua atenção,

Um poeta triste tentando viver,

Sem teto e com fome, querendo morrer.

Uma vida perdida, no alcool e cigarro,

Com dor na garganta, tosse e pigarro,

Sentindo na pele como é perder,

Vivendo pensando o que fiz pra merecer.

Sentado num canto fumando um cigarro,

Pedindo dinheiro nas ruas, nos carros,

Uma mera moeda eu compro um almoço,

50 centavos me deu esse moço.

Quero que Deus me jure, me adule e me leve,

Que sare a carne viva atrás da minha pele,

Me cure, me ame e me dê salvação,

A Ti eu me entrego,

Corpo, alma e coração.

Joey Martins
Enviado por Joey Martins em 04/11/2009
Reeditado em 27/09/2011
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