Solidão profunda

Na solidão de quem nasce só,

No caminho único e solitário,

A certeza de deixar o palco,

Às vezes, na metade da cena,

Entristece. Quase sempre amedronta.

No breu da rotunda há uma esperança

De que há risos... Flores na coxia...

Mas o medo do desconhecido,

Das sombras, dúvidas e de espinhos

Põe, no destino, a dor do epílogo.

+++++

Poesia On Line.

31/10/09.

Mote: Texto de Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

Proposto por Mara Regina Weiss.

fiore carlos
Enviado por fiore carlos em 31/10/2009
Código do texto: T1898267
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.