Solidão profunda
Na solidão de quem nasce só,
No caminho único e solitário,
A certeza de deixar o palco,
Às vezes, na metade da cena,
Entristece. Quase sempre amedronta.
No breu da rotunda há uma esperança
De que há risos... Flores na coxia...
Mas o medo do desconhecido,
Das sombras, dúvidas e de espinhos
Põe, no destino, a dor do epílogo.
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Poesia On Line.
31/10/09.
Mote: Texto de Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
Proposto por Mara Regina Weiss.