POESIA MEDÍOCRE
ELA SENTA-SE NUM BANCO
AO SEU REDOR O OUTONO
UM PERFUME AZEDO DE VINHO
E RESTOS DE GENTE NAS ESQUINAS
SEUS OLHOS BUSCAM ALGO
TALVEZ BUSCAM SUA ALMA
ESQUECIDA NUM BAR QUALQUER
NOS BRACOS DE ALGUM BÊBEDO
ELA PERMANECE SÓ
FUMANDO SEU ÚLTIMO VENENO
E ACHANDO QUE ESTAR BEM
ELA ESTA SOZINHA
MORTA NESTA VIDA MUNDANA
ELA DESAPARECE NAS SOMBRAS
NOS CRÉDITOS FINAIS DUM FILME
RABISCA INSANIDADES
NUM GUARDANAPO SUJO
PENSAMENTOS SOLTOS DE SI
QUERENDO ELA ESTAR FELIZ
O INVERNO VAI CHEGANDO
LENTAMENTE EM SUA VIDA
E ELA SAI CORRENDO DO JARDIM
E VAI POVOAR AS RUAS.
POBRE ALMA, POBRE HUMANIDADE.