POESIA MEDÍOCRE

ELA SENTA-SE NUM BANCO

AO SEU REDOR O OUTONO

UM PERFUME AZEDO DE VINHO

E RESTOS DE GENTE NAS ESQUINAS

SEUS OLHOS BUSCAM ALGO

TALVEZ BUSCAM SUA ALMA

ESQUECIDA NUM BAR QUALQUER

NOS BRACOS DE ALGUM BÊBEDO

ELA PERMANECE SÓ

FUMANDO SEU ÚLTIMO VENENO

E ACHANDO QUE ESTAR BEM

ELA ESTA SOZINHA

MORTA NESTA VIDA MUNDANA

ELA DESAPARECE NAS SOMBRAS

NOS CRÉDITOS FINAIS DUM FILME

RABISCA INSANIDADES

NUM GUARDANAPO SUJO

PENSAMENTOS SOLTOS DE SI

QUERENDO ELA ESTAR FELIZ

O INVERNO VAI CHEGANDO

LENTAMENTE EM SUA VIDA

E ELA SAI CORRENDO DO JARDIM

E VAI POVOAR AS RUAS.

POBRE ALMA, POBRE HUMANIDADE.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 29/10/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1893527
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