LÁGRIMAS DE PRIMAVERA
Vejo a chuva vindo,
escorrendo em rios,
na vidraça do meu destino.
São estradas imaginárias,
que alagam o âmago,
afogado na noite.
Vejo, nas gotas cristalinas,
um coração tatuado,
que teima em ficar ilhado,
no escuro do seu breu.
Faço então, uma canção,
que fale ao coração,
mas os versos, ecoam ausentes,
na transparência das águas,
que deságuam no universo do meu pranto.
Uma nova nuvem, renova minha espera,
aglutinando meu pranto,
com lágrimas de primavera.