Horas de insônia

É tarde já!

Inunda a madrugada este silêncio mórbido

onde tudo me lembra.

Aceno à escuridão e afago a insônia.

As horas passam de minuto em minuto

e eu não escuto o sol chegar

e dizer-me sorrindo:vai trabalhar

que o mundo lá fora te espera.

Há um quarto cheio da cama e de mim,

onde solto os foguetes de minha vida

e entre lágrimas e sorrisos sei que eu existo

inda que sem ar, inda que sem sono.