Muros e Desbloqueios
Há uma nervura que impede
meu mastigar
uma fuga no instante ao
cumprimentar
todos os medos, de dia dormem
e de noite, me alarmam
não pesco meus sonhos no sono
de mim roubados...
falo, calado, com os braços
ou pernas, dedos, dentes trincados
de um medo que me assalta os sonhos...
e me fala de mercadorias, valores de troca,
moedas e como ser socialmente aceito,
e eu em silêncio me contorço
em sentimentos,
desejo, falta de tato, carinho, porto seguro...
o meu espaço não é seu espaço e
o seu espaço é tão seu;
invade de algum modo o que não
é meu, mas me pertence...
porque o meu que tenho
em mim, desconhecido,
sou eu mesmo, e só a mim é dito...