A Imagem da Dor.
À beira do caminho,
Vejo adiante,
Um vulto encurvado.
É a imagem da dor.
Ela não fala,
Seu olhar grita:
Solidão! Solidão!
Seus passos vacilantes
Demonstram temem o ir.
O novo é espinhoso,
É duvidoso o novo.
Melhor fingir.
Tudo vai bem!
Solidão! Solidão!
Quisera voltar no tempo,
Desfazer o que já fiz.
Pensa que assim dá jeito
No que não tem jeito.
Que remédio usar?
Lamenta o coração:
Solidão, solidão!
Mulher és uma vítima,
Porém guerreira.
Esqueceste tuas batalhas?
Lutaste contra ventos,
Monstros e lobos maus.
Em mares bravios e calmarias,
Defendestes tua nau.
Não deixes que teus medos
Apaguem teus sonhos,
Destruam teu riso,
Matem teus anseios.
Tu és jóia preciosa,
Tens um grande coração,
Que bate: Tum, Tum, Tum.