MINHA SOLIDÃO

Este poema foi escrito especialmente a uma amiga

(de nome Maria de Nazaré) que perdeu o esposo e o filho.

Trago no nome a companhia permanente de Maria e Nazaré

Por isso navego sempre por aguas revoltas e não temo a maré.

Sei que minhas dores precisam doer,já que em mim fizeram abrigo

Mas,tambem sei que não as vejo quando estou em ambiente amigo.

As vezes, me indago se tanta saudade pode morar numa só pessoa

E é quando me entrego aos pensamentos, para ficar na época boa,

Tão longe do meu presente mas tão perto do meu desejo de repetir

As passagens gravadas na memória, enquanto eu ainda existir.

Ao ver um detalhe que minha lembramça identifica,logo vem a procura

Daqueles tempos que a felicidade não me alertava para esta loucura

De só sentir a falta do que ficou,em prejuizo do que estou querendo.

A beleza da vida é encontrar em todas as coisas a arte Divina,

Num sorriso como numa flôr, encontre a razão que se destina

Eliminar toda a solidão e só aproveitar os anos que está vivendo.

CRPOETA

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 25/10/2009
Código do texto: T1886328