VAGAS ENCAPELADAS
VAGAS ENCAPELADAS
Jorge Linhaça
Olho as ondas encapeladas
Na fúria que revolve o leito
Dos sonhos no tempo perdidos
As vagas explodem na praia
Tentando levar restos de saudades
Escombros de um passado
Ruinas de sentimentos vividos.
Fustiga ,ó vento, esta pele salgada
E pelas lágrimas marinada.
Vem, maresia, e salga minha boca
Retira o mel dos beijos antigos
Batiza minh'alma, me faz renascer
Pois n'outro jardim, já o beija-flor,
Busca encontrar um novo abrigo
Nova alvorada e um novo viver.
Arandu, 22 setembro de 2009