DEVANEIOS DE SOLIDÃO II

Temo que o devaneio total

E a esquizofrenia tomem conta

Do meu lirismo.

Temo que a falta de amor próprio

Faça-me jogar por terra

Sem haver terra na sola dos pés.

As desilusões que tenho e

Que tive, temo que voltem

E que continuem.

Temo alcançar a felicidade extrema.

Temo amar novamente.

Temo a nuvem de chuva.

Temo a guerra, e temo a paz.

Acima de tudo, temo e teimo

Em temer a mim.

Pois sou eu quem me faço

De pânico, de medo, e de amor.

Temo por fim, que o tédio

Se faça de corda no caibro.

Convidativa.

Temo que posso aceitar.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 20/10/2009
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