SOLIDÃO QUE EMBRIAGA

Vagando na escuridão
Bailando no infinito do tempo
Olhar perdido no horizonte
Divagam meus pensamentos
Embalados no vazio do silêncio
Como a brisa no ar
Remoendo as cicatrizes da alma
Nesta madrugada,escura e fria
De poesia triste
Que me arranca suspiros,
Arrepios de tesão
Me faz recordar
Noites de amores
E entre as paredes do quarto
Nossos corpos em laços
Transpirando de prazer
Embriagados de gozo
Mas o cálice se quebrou
E agora me vejo,coberta de saudades
Nesta alcova de lembranças
Sem rumo
Sem lugar prá aportar
A minha dor
Meu imenso amor.

Fatima Castro
20/10/2009