ILUSÃO PASSAGEIRA


Pobre homem cego,
vê apenas o que lhe convém.
O sabor da noite lhe apraz,
pensa ser feliz, que tudo tem!

Pobre homem tolo,
esquecido que o tempo é ligeiro
e tudo que é efêmero desfaz!

O que lhe restará então
quando não mais dormir em paz?

A ilusão é luz finita
que embriaga a alma doente,
onde anda seu amor?

Vejo no seu olhar um pedido,
que só entende quem conhece a dor.

Em esquinas perde o rumo
e de si anda perdido,
onde anda sua emoção?

O coração é frágil semente
na alma calada , de fé despida
quando o corpo é enfraquecido,
acorda para a vida!

Não seja mais um ser esquecido
na fria travessia da solidão!



15/11/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 16/10/2009
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