Pássaro solidão
Estendida no chão sem dó nem compaixão
Jaz tu prostituta dada sempre ao desfrute
Rosto reconhecido por tantos que serviu
Prostrada ali sem vida ninguém nunca a viu.
Almas bondosas que passam por acaso
Juntam-se ao trágico momento perguntam:
-Como foi o que foi quem era alguém a conhecia?
- Ouvi dizer que se trata de uma mundana.
Um breve sinal da cruz gesto de indiferença
A certeza na alma quem procura acha.
Lá na fiação dos postes um passarinho canta
Sabe ele todas as verdades glória sem maldade
O sangue que escorre no asfalto contaminado
Rastro de desamor vermelho sinal da cruz
Cruz que carregou mais um filho de Jesus.
Jamaveira®