Pássaro solidão

Estendida no chão sem dó nem compaixão

Jaz tu prostituta dada sempre ao desfrute

Rosto reconhecido por tantos que serviu

Prostrada ali sem vida ninguém nunca a viu.

Almas bondosas que passam por acaso

Juntam-se ao trágico momento perguntam:

-Como foi o que foi quem era alguém a conhecia?

- Ouvi dizer que se trata de uma mundana.

Um breve sinal da cruz gesto de indiferença

A certeza na alma quem procura acha.

Lá na fiação dos postes um passarinho canta

Sabe ele todas as verdades glória sem maldade

O sangue que escorre no asfalto contaminado

Rastro de desamor vermelho sinal da cruz

Cruz que carregou mais um filho de Jesus.

Jamaveira®

Jamaveira
Enviado por Jamaveira em 15/10/2009
Código do texto: T1868054
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