As vezes
 
Às vezes da vida tenho tamanho medo
E nesse nublado caos sinto o banimento.
São as perplexidades as incertezas o desterro
As agitações que se geram no meu pensamento
 
Às vezes neste enredo sem saída
Deponho essas angústias deprimentes
Para que se consumam na partida
E todos esses danos se façam ausentes
 
Às vezes me recolho tão magoada
Desesperada rompo as grades do cativeiro
Sinto-me arrasada desabrigada
E acordo de um brutal sonho gritando
 
Às vezes vivo um tempo de esperança
Memórias aprazíveis me aformoseiam
São as minhas ilusões as minhas lembranças
Os meus cânticos fabulados de sereias
 
 
Mas se fosse só as vezes? E já são tantas as vezes!
Que essa vil solidão me consome
E o desespero se torna em agonia
E neste irado mar de insânia
Em que navega o meu pensamento
Acordo pela noite e quero que seja  dia
Para olhar o céu azul meu lenimento.
E  apaziguar assim o meu tormento
De T,ta
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 10/10/2009
Reeditado em 12/10/2009
Código do texto: T1858154
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