EU TENHO MEDO

Das ruas desertas
Da minha solidão
Onde a escuridão
Abre os braços
E carrega suas cantigas
Pela madrugada
Adentram minhas janelas
Espalham-se, pelas varandas
Segredos da minha alma
Transformam, meu corpo
Em fornalha ardente
Volúpia mortal
Do meu pecado louco
Magia sensual
Que desbrava
Minha carne em chamas
No impudor dos meus desejos
Paixão que inebria e embriaga.

(Fatima Castro)
08/10/2009
Texto publicado na ciranda da Maysa:Eu tenho medo

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