Descrita solidão
Sei da solidão quando desconheço as distâncias
e o meu sol sentido vem descálido e assim sombreado,
o meu peito sangra já desacordado
e o meu amor boceja insatisfeito e triste.
Sei de mim, então, quando de nada eu já nada sei
e perco as filas e sou apenas a primeira vez
sem pessoas e sem gente.
Há uma multidão calada e fria,
cega de esperança e de amor vazia
feito um albatroz sem mar e um rio sem água nenhuma.
Oh, solidão, triste presença
onde as ausências sussurram descontentes
e o meu olhar se desfaz no pensamento
e apenas de um horizonte triste eu me apercebo.