Vozes do Tempo
Uma rua, uma avenida,
uma longa linha
que parece não ter fim.
Divaga em distância,
muito longe
talvez habite perdido pensamento.
Existência perturbadora
que tortura
com o instrumento da ansiedade.
Alta madrugada, rua vazia,
mas o cérebro densamente povoado.
Tudo já parece ter acontecido,
agora já é tarde demais.
Sensação do fato ocorrido,
o de não ter como remediar a situação.
A idéia de inevitabilidade,
a tortura da predestinação absoluta.
Contraposição entre o
que não deveria estar feito,
mas que, entretanto,
já está completamente realizado.
Caprichos do tempo,
quer-se alcançá-lo,
mas ele já se foi.
Desejaria reescrever o passado,
mas ele já está efetivado.
Um imponderável centro da questão.
Tantas possibilidades
e não saber como realizá-las.
A inevitável visão do vazio da rua,
o esforço em iludir-se.
Tentativas frustradas em enganar-se,
numa fingida atitude de indiferença,
num faz-de-conta
que nunca aconteceu,
pois que as ilusões
desafiam os caminhos concreto
que insistirem em ser realidade.
Uma rua, uma avenida,
uma longa linha
que parece não ter fim.
Divaga em distância,
muito longe
talvez habite perdido pensamento.
Existência perturbadora
que tortura
com o instrumento da ansiedade.
Alta madrugada, rua vazia,
mas o cérebro densamente povoado.
Tudo já parece ter acontecido,
agora já é tarde demais.
Sensação do fato ocorrido,
o de não ter como remediar a situação.
A idéia de inevitabilidade,
a tortura da predestinação absoluta.
Contraposição entre o
que não deveria estar feito,
mas que, entretanto,
já está completamente realizado.
Caprichos do tempo,
quer-se alcançá-lo,
mas ele já se foi.
Desejaria reescrever o passado,
mas ele já está efetivado.
Um imponderável centro da questão.
Tantas possibilidades
e não saber como realizá-las.
A inevitável visão do vazio da rua,
o esforço em iludir-se.
Tentativas frustradas em enganar-se,
numa fingida atitude de indiferença,
num faz-de-conta
que nunca aconteceu,
pois que as ilusões
desafiam os caminhos concreto
que insistirem em ser realidade.