Os Mistérios do Ser
De toda minha impotência,
de toda gratidão
que não consegui ter,
e por almejar além do possível,
por querer o que não estava escrito,
crer-me lúcido.
Mas por ser enganado
por minhas próprias ilusões,
então questionar-me:
O que é um homem?
O que alimenta cada destino
que esvai-se de vida?
E tanto supus
que distante do cotidiano
perdi-me em mistérios.
E quis viver,
mas os mistérios invadiram
o meu dia-a-dia.
Não sei até onde sou vítima,
não sei até onde sou algoz.
Sei que em algum sentido
preciso de perdão,
e preciso perdoar.
Mas o amor é insuficiente
para perder o fundamento do ódio.
E odiar é em parte existir.
Não um ódio universal,
mas antes específico.
Nada de objetivo,
mas subjetivo,
mergulhado nos segredos
que desconheço.
É assim que divago
num grande vazio,
na tentativa sagrada
de livrar-me de mim.
E nisto a impossibilidade,
pois que verto-me em sombra,
fantasma de mim mesmo,
a assombrar os meus dias.
De toda minha impotência,
de toda gratidão
que não consegui ter,
e por almejar além do possível,
por querer o que não estava escrito,
crer-me lúcido.
Mas por ser enganado
por minhas próprias ilusões,
então questionar-me:
O que é um homem?
O que alimenta cada destino
que esvai-se de vida?
E tanto supus
que distante do cotidiano
perdi-me em mistérios.
E quis viver,
mas os mistérios invadiram
o meu dia-a-dia.
Não sei até onde sou vítima,
não sei até onde sou algoz.
Sei que em algum sentido
preciso de perdão,
e preciso perdoar.
Mas o amor é insuficiente
para perder o fundamento do ódio.
E odiar é em parte existir.
Não um ódio universal,
mas antes específico.
Nada de objetivo,
mas subjetivo,
mergulhado nos segredos
que desconheço.
É assim que divago
num grande vazio,
na tentativa sagrada
de livrar-me de mim.
E nisto a impossibilidade,
pois que verto-me em sombra,
fantasma de mim mesmo,
a assombrar os meus dias.