A dor da solidão
A dor da solidão
É uma angústia rouca que dilacera minha alma
A tua face pura vejo-a pintar-se em meu peito
E tua voz inebriante vem me dar uma falsa calma
Quando tudo mais se devaneia em meu leito
A mão trêmula pousa em minha face
Sinto-a tão gélida que me queima
Alma infértil atormenta meus sonhos... Vá passe!
Pois tudo mais nesse corpo queima
Traga-me sangue!Tenho sede.
Ele é semelhante ao néctar para um mancebo
Leito de miséria... Eu estou preso nessa parede
Ódio!Ódio!Tudo é ódio para quem padece
Fosse embora?Não estou mais sozinho
Solidão maldita, por que visse?